(Matheus 12:22-30)
Há dez dias uma amiga procurou-me para relatar o seguinte problema. Seu sobrinho – um jovem de 20 anos - tinha passado a ter um comportamento estranho, repentinamente. Seguiram-se surtos de agressividade, agitação, insônia, vômitos sucessivos, interrupção da alimentação e incapacidade de reconhecer seus próprios familiares.
Algumas características indicavam um surto psicótico, segundo a visão da psiquiatria clássica. Identificada a patologia, de regra, segue-se a prescrição de psicotrópicos e, nos casos mais extremos, internação temporária.
Relatou-me a amiga que o jovem tinha sido examinado por um psiquiatra que imediatamente prescreveu-lhes os famosos remédios tarja preta. A situação piorou sensivelmente. O rapaz, que pouco comia, deixou de comer e ficou ainda mais estranho e agitado. Desesperada, a família recorreu à religião que abraça e não obteve sucesso. Por fim, recorreu a uma vizinha espírita, que lhe explicou a possibilidade de se tratar de um problema espiritual.
O jovem foi levado à União Espírita Paraense. Examinado, confirmou-se a presença de uma grave obsessão espiritual. Imediatamente foi levado à enfermaria, espaço próprio para tratar crises graves. Submetido ao ambiente espiritual propício, tendo sendo envolvido em orações e recebido transfusão de energias renovadoras através de passes, o rapaz já saiu da UEP ostensivamente melhor. Conseguia conversar, reconhecer os parentes e logo voltou a dormir e comer, tendo cessado as náuseas. Na frase da epígrafe, Jesus demonstra que enfermidades espirituais têm repercussão direta na mente e no corpo físico, pelo que afastada a obsessão, acaba-se a doença.
Recebeu as orientações sobre como tratar a enfermidade espiritual e foi-lhe ressaltado para manter o acompanhamento médico. Sua situação começou a melhorar até que resolveu ir a uma festa. Voltou bem pior. Expliquei-lhe que seu campo psico-espiritual está frágil, absolutamente vulnerável a ataques espirituais oportunistas, muito comuns em ambientes onde há excessos de toda ordem. Recomendei que ele não freqüentasse festas e aglomerações de um modo geral, bem como que mantivesse o acompanhamento semanal na UEP e passes diários até suas forças se reequilibrarem. Ressaltei que é preciso ter muita perseverança no tratamento, porque há obsessões longas, sofridas e de difícil libertação, mas lembrei, principalmente, que a melhor cura é a moral, que exige ocupação no bem. Caso ele melhore agora e volte a cometer os mesmos erros, desocupando sua mente e seu coração de bons pensamentos e sentimentos, tombará em recidiva violenta, não raro mais grave que a primeira crise, por vezes deixando graves seqüelas psico-emocionais e físicas. Vejamos o que ensina Jesus sobre o assunto:
“Quando o espírito impuro sai do homem, perambula por lugares áridos, procurando repouso, mas não o encontra. Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. E voltando, encontra-a desocupada, varrida e arrumada.
Então vai e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele, e ali entram e habitam, e a condição posterior desse homem torna-se pior que a anterior. Assim acontecerá também a esta geração perversa.” (Matheus 12: 43-45, Lucas 11:24-26)
Você pode encontrar mais informações sobre o processo obsessivo e tratamento em artigos anteriores deste blog. Por hora, vale apenas noticiar que o jovem está se libertando do problema, sem precisar ser tratado como um doente psiquiátrico.