"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira" (Provérbios - 15:1).
Não há pais que não se
emocionem com as primeiras palavras de seus rebentos, ainda que trôpegas,
imprecisas e arranhadas.
O desabrochar da fala
humana toca-nos também porque é uma marca indelével de nossa condição humana. É
verdade que a comunicação não é atributo exclusivo dos humanos. Outros animais
também se comunicam. Contudo, apenas nossa espécie desenvolveu uma fala tão
complexa, rica e que foi e é um grande propulsor de nossa evolução.
Na medida em que
amadurecemos e nos instruímos vamos dando uso diverso as nossas palavras. Há
quem transforme palavras em música, há quem as combine em lindas poesias, há
quem as organize coerentemente na beleza atraente de grandes histórias literárias,
mas há quem apenas as use para a comunicação cotidiana, sem outras pretensões.
Mas todos nós – por motivos
e em momentos distintos – utilizamos a palavra para machucar, para agredir,
para diminuir outras pessoas, para inflamar a ira. Por um desvio evolutivo, a
palavra passou também a ser arma e das mais letais. Pode provocar danos
sucessivos, cumulativos e profundos, embora nem sempre se possa ver o sangramento
vertido em lágrimas.
E aqui o ponto.
Por que tantas pessoas
utilizam a abençoada capacidade de se comunicar para espalhar sentimentos vis,
para desequilibrar, para atacar impiedosamente outras pessoas, para suscitar a
ira?
Será esta a finalidade
da fala humana?
Por certo não.
Ao darmos uso
equilibrado à palavra, embelezamos o mundo e a nossa vida. Afinal, não é disso
que vivem os grandes artistas, pensadores, cientistas e mestres de todos os
tempos? Eles trabalham a fala para produzir arte, filosofia, ciência e
espiritualidade sublimando nossos sentidos, emoções e a razão.
Por outro lado, quando
duas pessoas se exasperam na suas falas, pode-se sentir o peso da atmosfera ao
redor e o odor fétido da fúria a impregnar palavras cortantes. As emoções
entram em ebulição, os instintos se excitam, a capacidade de pensar serenamente
entra em crise e aos poucos perde-se o controle do que está acontecendo e
também das conseqüências futuras de palavras faladas no calor da discussão.
Então, ainda que sob
ataque da fúria alheia ou do mundo, não a alimente a ira alheia com revides
inadequados e destemperados. Contenha seu instinto ao lembrar-se da sábia
lição: a resposta branda desvia o furor.
Um comentário:
Oi, gostei do blog e partilho uma grande dica.
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