segunda-feira, março 30, 2009

FILHOS DA LUZ.

“Andai como filhos da luz.” - Paulo
(Efésios, 5:8)



A jornada espiritual sobre a Terra é também a arte de se criar a si mesmo.
Luz e escuridão são reflexos do que somos.
A cada pensamento, palavra ou ato expandimos nosso brilho ou nos ofuscamos nos pântanos da involução.
Temos a mais bela e incrível das liberdades: a de ser luz.
Mas a luz exige subida, elevação, escalada de valores.
Rés ao chão, tudo é escuridão.
E quantos são os que rastejam apequenados neste mundo de sombras.
Muitas pessoas têm dificuldades de se imaginarem praticando as mesmas atitudes éticas e altruístas de ícones da moralidade como Mahatma Gandhi, Madre Tereza de Calcutar, Nelson Mandela, Wangari Maathai, Martin Luter King, Chico Xavier.
Acham que estes são luminares distantes dos simples mortais.
Mas, se assim o é, nem por isso devemos nos tornar menores do que podemos ser.
Muitas vezes é isso que fazemos conosco.
Apequenamo-nos – por tão pouco – e sabotamos, cotidianamente, nossas possibilidades de aperfeiçoamento ético-espiritual.
Quando mentimos jurando a verdade.
Podendo, deixamos de dividir e não dividindo desperdiçamos.
Se por orgulho recuamos e por covardia avançamos.
Quando ostentamos entre miseráveis.
Ao nos divertirmos com o drama alheio.
Ao compactuarmos com a indignidade.
Quando deliberadamente guardamos fatos passados para alimentarmos rancores e justificarmos revides.
Ao pisarmos em alguém em desvantagem, tendo a oportunidade de ajudar.
Se a soberba nos toma, nos deslumbres do poder, da riqueza ou do conhecimento.
Tornamo-nos pequenos quando falamos com a consciência de que vamos machucar.
No silêncio diante de uma injustiça.
Quando nossa felicidade é usada para maltratar a situação de outrem.
Quando não assumimos nossa responsabilidade, deixando que outro o assuma.
No uso de pesos e medidas diferentes.
Quando fugimos de nossos sonhos e culpamos o destino.
Na paralisia do comodismo.
A cada desistência sem esforço.
A cada queda sem aprendizagem.
Na reincidência por teimosia.
Na lágrima forjada.
No riso pérfido e sarcástico.
Na condenação sem defesa.
No ódio.
Pequeno torna-se quem só consegue ver onde estão as dificuldades da vida, o erro da situação, os aspectos negativos, o defeito alheio.
Quando deixamos de dizer obrigado, bom dia, desculpa, licença.
Quando diante de uma gentileza, retribuímos com indiferença, mesquinhez ou rudeza.
Se o caminho para nossa iluminação é longo e distante, o desafio de não nos tornarmos pequenos revela-se dia-à-dia, aqui e agora, nas pequenas coisas.
Diz as escrituras (Tiago, 3:10): “Da mesma boca procede benção e maldição.”
Afinal, nossos atos atestam o brilho ou nossa escuridão interior.
O bem ilumina.
Mas tudo que nos afasta de Deus, nos aproxima das sombras.
Por isso, caminhemos como filhos da luz e a luz nos acompanhará.