domingo, dezembro 18, 2011

NOVIDADE. A GRANDE TRANSIÇÃO: O SENTIDO DE URGÊNCIA







Caros leitores do blog Visão Espírita. Este é um post especial em uma semana também muito singular. Alcançamos nesta semana 20 mil acessos no primeiro ano com a implantação de contador de acessos ao blog. Este blog já aparece como o segundo mais visitado no Google com a expressão de pesquisa Visão Espírita e isto sem qualquer esforço de divulgação. Tem leitores fiéis em diversos países do mundo e principalmente em todo Brasil. E é para estes que tenho uma notícia auspiciosa, tipo presente de Natal.

Esta semana assinei contrato de edição com a Lúmen Editorial para publicação do meu primeiro livro A Grande Transição: o sentido de urgência. A primeira edição terá 3.000 exemplares e o lançamento nacional está previsto para abril de 2012, talvez um pouco antes ou um pouco depois.

O livro trata do momento pelo qual passa o planeta, sob a ótica espírita e também com fundamento multidisciplinar. Meu banco particular de arquivos tem 19 anos, minha biblioteca pessoal especializada para este livro completou 11 anos e o livro começou a ser rascunhado há cerca de 5 anos. Portanto, não é um livro oportunista. Creio que pode ajudar nos debates e estudos sobre o tema. Vejam os capítulos:


Capítulo 1. Boas Novas.

Capítulo 2. O sentido de urgência: exagero ou realismo?

Capítulo 3. Matrix real: fim do mundo ou fim dos mundinhos?

Capítulo 4. O futuro, segundo previsões científicas, progressões de memória e mensagens mediúnicas.

Capítulo 5. Visão multidisciplinar sobre a Grande Transição.

Cap. 6. As fases da Grande Transição.

Capítulo 7. Graus de experiência na Grande Transição.

Capítulo 8. A sabedoria divina e o universo inteligente.

Cap. 9. Ordem, caos e evolução.

Anexo: Previsões. O caso Ramatís.

Epílogo: metamorfose da esperança


Estou feliz e espero que o livro tenha boa acolhida entre os espíritas e os leitores deste blog.

Aviso, oportunamente, sobre o lançamento.

Que este Natal seja em Cristo e 2012 seja de muitas bênçãos em nossas vidas.



A renda toda será doada para entidades beneficentes.


Fraternal abraço,

Denis Gleyce Pinto Moreira




segunda-feira, dezembro 05, 2011

CARIDADE: REGRAS DE OURO





Chegou dezembro. É Natal. Período do ano no qual as pessoas ficam mais sensíveis à caridade. Isso é bom. Mas ainda aqui surgem problemas. Quem só episodicamente pratica a caridade pode cometer alguns deslizes, ora simples, às vezes graves. Então, seguem algumas regras de ouro para a prática da pura caridade.

1. Pratique a caridade com desinteresse: Não espere retorno, agradecimento ou reconhecimento. Esse não deve ser o objetivo. Do contrário, você vai se frustrar. Lembre-se: por trás de um ingrato tem sempre alguém esperando um reconhecimento.

2. Pratique várias formas de caridade: A versão mais fácil de caridade é doar algo material. Isso não é ruim. Inadequado é o doador dar friamente um bem material, sem sentimento, sem empatia, sem afeto. É muito comum a pessoa necessitada está precisando mais de atenção do que de um bem. Então, fique atento a isso. Você pode se surpreender com os presentes imateriais que você pode dar aos outros.

3. Não vincule a caridade à concordância: O fato de você está praticando a caridade não faz da pessoa que está recebendo ajuda um adepto de suas crenças e convicções. Ele (a) tem as suas próprias crenças e convicções. Respeite-as. Não imponha nada, nem polemize, tampouco tente convertê-lo (a). A única linguagem adequada nesta ocasião é a pautada na tolerância, na fraternidade e no amor.

4. Não confunda pena com compaixão: Não sinta pena. As pessoas – em quaisquer condições – são centelhas divinas, sementes abençoadas que podem desabrochar. Sugiro que leias o artigo Pena ou Compaixão, que explica a diferença entre tais posturas. Eis o link:  http://visaoespirita.blogspot.com/2006/06/pena-ou-compaixo.html

5. Seja discreto: Existe uma ética própria para caridade. Você não é o centro das atenções. Você está ali para servir. Não exponha a privacidade de pessoas em situações difíceis. Se alguém te confessou um segredo, guarde-o. Divulgação de histórias, fotos e filmagens podem violar o direito à intimidade, se não autorizadas.

6. Pratique a humildade: Não ostente. Chegar com bens opulentos no meio da miséria pode ser agressivo. Haja com bom senso e sobriedade. Evite distribuir conselhos e dar-se como exemplo. Sua experiência não necessariamente vai servir para o seu próximo. O fato de você fazer a caridade não o torna São Francisco de Assis. A humildade sempre acalma. Por isso, ouça mais, fale menos.

7. Seja útil: Atividades caridosas exigem participação pró-ativa, integrada e coletiva. É comum pessoas irem a atividades caridosas e ficarem perdidas, alheias, apenas observando. Esse tipo de postura mais atrapalha do que ajuda. Procure ser útil, observe no que pode ajudar. Aja, movimente-se, contribua.

8. Tenha foco e aprenda: Neste tipo de atividade é comum reencontrarmos velhos amigos. Contudo, não é o melhor momento para repor a conversa. Desligue o celular. Não se distraia com futilidades. Tenha foco. Esteja atento, observe e perceba as necessidades, as palavras não ditas, os olhares cheios de mistérios para serem interpretados. Esteja de corpo e Espírito, por inteiro. Ademais, estas atividades sempre são ótimas experiências para redimensionarmos nossos problemas e reclamações.

9. Faça o melhor possível: Não é porque você está dando que vai fazer de qualquer jeito. Busque a excelência. Se vais cantar, cante como se estivesses na melhor casa de espetáculos. Se te propões a fazer palhaçadas, brinque como se estivesses no mais badalado dos picadeiros. Se vais consolar, faça-o com o vigor que o farias se fosse para teu melhor amigo. Doe o teu melhor.

10. Doe o que você gostaria de receber: Doação não é descarte. Muitas pessoas aproveitam essas ocasiões para se livrarem de bens inservíveis ou em péssimas condições. Isso não é caridade, é egoísmo, insensibilidade e lamentável oportunismo. Se você vai comprar algo, não dê o que há de pior. Pergunte-se: será que meu filho, minha mãe gostaria deste presente?

11. Selecione com cuidado: Há muitos locais totalmente desamparados e outros com ajudas garantidas. Portanto, evite ajudar quem já tem ajuda. Priorize quem tem menos, quem em tese sofre mais, quem está mais abandonado. Mas também fique atento para a seriedade do trabalho. Infelizmente muita gente usa a tragédia alheia para auferir vantagens. Então pesquise, converse com os responsáveis e com as pessoas que serão beneficiadas e de preferência visite o local. Sempre que possível evite doar dinheiro. Melhor pedir um levantamento detalhado das necessidades e doar in natura.

12. Evite o improviso. Pesquise e planeje-se: Como qualquer atividade, as que envolvem a caridade exigem planejamento prévio. Chegar com um carro cheio de brinquedos para distribuir no meio da rua de um bairro pobre, sem preparação adequada, tem tudo para se tornar um desastre. Informe-se sobre local, pessoas, necessidades, parceiros, regras internas. Tenha um roteiro, com hora para começar e acabar. Divida tarefas e responsabilidades. Confirme antes, tenha certeza depois. Tenha alguém na retaguarda, para ajudar em imprevistos. Tenha um plano B. Mesmo assim, é possível que nem tudo dê certo.

13. Respeite os limites e as regras: É comum que atividades caridosas ocorram em instituições que têm regras internas, como escolas, abrigos, creches, hospitais. Respeite-as. Se o bolo de chocolate está proibido, na force e jamais o leve escondido. Há situações onde pessoas têm certas limitações, físicas ou emocionais. Não force participações em dinâmicas, brincadeiras, danças, discursos ou diálogos. Há pessoas que só querem ficar quietas. Acolha-as do jeito que são.

14. Seja rigoroso com a isonomia: Um dos maiores problemas é não tratar todos com isonomia. É muito ruim doar uma boneca de luxo, nova, para uma irmã e para outra doar uma boneca simples, usada, em péssimas condições. Situações assim geram insatisfações e muitas reclamações. Tente estabelecer critérios, regras e padrões. Nem sempre é possível ser isonômico. Mas é factível evitar grandes distorções.

15. Caridade como uma proposta de vida: Praticar a caridade eventualmente é um começo. O ideal que ela faça parte de sua vida. Lute contra o desculpismo. Não espere sua vida estar um paraíso para ajudar. Se tens problemas, mais um ótimo motivo para tirares o foco dos teus desafios, com o drama alheio. Não adie. Sugiro que comeces pela regra do entrou\saiu: entraram duas camisas novas, saem para doação duas usadas. Mas não só isso. Todos podemos educar, ouvir, distribuir afeto. Que adianta você ter tanto amor sem comunhão. Lembre-se: a única forma possível de felicidade é a compartilhada. Você vai dar, vai receber.

Seguem, abaixo, um texto e um vídeo sobre caridade. Reflita.

É isso. Boas atividades a todos.

Fraternal abraço,


CARIDADE E VOCÊ





Acredita você que só a caridade pode salvar o mundo; entretanto, não se demore na posição de comentarista.

Não nos diga que é pobre e incapaz de contribuir na campanha renovadora da sublime virtude.

Senão vejamos: Se você destinar a quantia correspondente a um refrigerante ou um aperitivo em cinco doses, segundo os seus hábitos, aos serviços de qualquer hospital, no fim de um mês haverá mais decisiva medicação para certo doente.

Se você renunciar ao cinema de uma vez em cada cinco, endereçando o dinheiro respectivo a uma creche, ao término de duas ou três semanas, a instituição contará com mais leite em favor das crianças necessitadas.

Se você suprimir um maço de cigarros em cada cinco de seu uso particular, dedicando o fruto dessa renúncia a uma casa erguida para os irmãos distanciados do conforto doméstico, em breve tempo o agasalho devido a eles será mais rico.

Se você economizar as peças do vestuário, guardando a importância equivalente a uma delas em cada cinco, para socorro ao próximo menos feliz, no fim de um ano disporá você mesmo de recursos suficientes para vestir alguém que a nudez ameaça.

Não espere pela bondade dos outros.

Lembre-se daquela que você mesmo pode fazer.

É possível que você nos responda que o supérfluo é seu próprio suor, que não nos cabe opinar em seu caminho e que o copo e o filme, o fumo e a moda são movimentados à sua custa.

Você naturalmente está certo na afirmativa e não seremos nós quem lhe contestará semelhante direito.

A vontade é sagrado atributo do espírito, dádiva de Deus a nós outros, para que decidamos, por nós, quanto à direção do próprio destino.

Todavia, nosso lembrete é apenas uma sugestão aos companheiros que acreditam na força da caridade e só ganhará realmente algum valor se houver algum laço entre a caridade e você.





Autor: Espírito de André Luiz.

Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: O Espírito da Verdade

Caridade e Esperança - Chico Xavier

domingo, outubro 23, 2011

ESPIRITUALIDADE E CURA



“Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo – Quero, fica limpo. E logo ficou purificado da lepra” (Mateus 8:3).



 

Uma das piores notícias que o ser humano pode receber é a de que é portador de uma doença grave. De regra é uma notícia que abala o universo íntimo e divide a vida em antes e depois. Quando a doença é fatal e aproxima-se o estado terminal, pode-se, inclusive, identificar fases psicoemocionais do doente, que primeiro nega a situação, depois se revolta, na fase seguinte barganha (tenta negociar a cura com médicos, família e Deus), depois cai em depressão e por fim aceita e se resigna.

Quem de nós está preparado para receber uma sentença de morte? Chico Xavier manteve-se sereno na reta final, Pietro Ubaldi chegou a prever o período de seu desencarne, Léon Denis continuou trabalhando calmamente até seu último instante, Sócrates recusou fugir da cicuta e reprovou o choro e desespero de seus discípulos, muitos cristãos mártires do cristianismo primitivo adentraram a arena do Coliseu para enfrentarem a morte por feras, sob cânticos de louvor. Mas estas são honrosas exceções.

A notícia de uma doença grave e fatal geralmente lança o indivíduo em um abismo repleto de dúvidas, medos e sofrimento. Por isso, tantas pessoas buscam desesperadamente - e às vezes abdicando da razão - qualquer promessa de cura. Muitas se tornam vítimas de falsários, charlatões, fanáticos, de ignorantes e aproveitadores.

Mas afinal, é possível encontrar a cura na espiritualidade? A Ciência outrora já negou incisivamente. Depois começou a confessar, atestar curas “inexplicáveis”. Agora começa a valorizar a medicina integrativa e aprofundar estudos que vem confirmando efeitos terapêuticos e curativos da fé, da oração, da meditação, da yoga, do passe e da água fluidificada (ou benta para os católicos).

No Espiritismo, dúvida não há de que a espiritualidade é sim um fator decisivo para saúde e inclusive para incríveis processos de cura, seja pelo equilíbrio dos campos energéticos do perispírito (corpo espiritual), seja pela intervenção de equipes espirituais que, por exemplo, promovem transfusões fluídicas e afastam Espíritos obsessores agressivos e parasitas, que muitas vezes são responsáveis por doenças sem causa aparente, que escapam aos exames tradicionais e explicações ordinárias e que, em certos casos, são fatores determinantes para a crise de órgãos e por causarem ou agravarem quadros psiquiátricos severos.

A cura pode passar sim pela espiritualização. Mas não estamos falando de mágica ou milagres mirabolantes. Há leis espirituais, como a de causa e efeito, que repercutem diretamente sobre nossa condição de saúde ou enfermidade.

Jesus curou muitos. Restituiu a visão de cegos, libertou da inércia paralíticos, fez cessar hemorragias, limpou corpos pútridos de hanseníase. Mas esclareceu o conteúdo ético–espiritual subjacente ao fenômeno, ao advertir os beneficiados: ”não voltem a pecar para que algo pior não te aconteça”.

Sim, muitas vezes a cura é possível. Quantas vezes vimos prognósticos de óbito próximo se reverterem repentinamente? É imprescindível, inegociável, respeitar os avanços e recomendações da Ciência. Contudo, não cabe ao médico determinar o fim de uma vida. Isto pertence a Deus, que todos os dias contraria sentenças de morte da Ciência e “ressuscita” doentes graves e terminais, concedendo-lhes outros tantos anos de vida e saúde.

Portanto, é preciso ter fé, confiança e lutar, sem deixar de respeitar e seguir as prescrições científicas e médicas, mas integrando-as com os valores espirituais que promovam a verdadeira cura: a do espírito redimido pelo sofrimento e renovado em valores.

Nesta senda, lembramo-nos da firme e abençoada resposta do Cristo ao hanseniano que humildemente lhe rogou a cura:

- Eu quero. Disse Jesus. Sê limpo!

domingo, agosto 28, 2011

ENCONTRO DE GIGANTES: CHICO E PIETRO


 
“Descer, auxiliando, para subir com a exaltação do Senhor.”

Espírito de Francisco de Assis





Há exatos 60 anos, em 17.08.1951, o grande filósofo e escritor espiritualista húngaro, Pietro Ubaldi foi a Pedro Leopoldo conhecer Chico Xavier, o homem que tinha profetizado 17 anos antes a sua vinda para o Brasil. Pietro, autor de A Grande Síntese - uma das obras espirituais mais festejadas de todos os tempos, inclusive por Einstein – ficou muito impressionado com o movimento espírita no Brasil. Na ocasião, recebeu pela abençoada psicografia de Chico uma mensagem de Francisco de Assis que décadas depois ainda merece ser lida e que ora oferto aos que enfrentam seus sofrimentos e desafios, sem deixar de semear:



“Pedro,

O calvário do Mestre não se constituía tão somente de secura e aspereza...

Do monte pedregoso e triste jorravam fontes de

água viva que dessedentaram a alma dos séculos.

E as flores que desabrocharam no entendimento do ladrão e na angústia das mulheres de Jerusalém atravessaram o tempo, transformando-se em frutos abençoados de alegria no celeiro das nações.

Colhe as rosas do caminho no espinheiro dos testemunhos...

Entesoura as moedas invisíveis do amor no templo do coração!...

Retempera o ânimo varonil, em contato com o rócio divino da gratidão e da bondade!...

Entretanto, não te detenhas. Caminha!...

É necessário ascender.

Indispensável o roteiro da elevação, com o sacrifício pessoal por norma de todos os instantes.

Lembra-te, Ele era sozinho! Sozinho anunciou e sozinho sofreu.

Mas erguido, em plena solidão, no madeiro doloroso por devotamento à humanidade, converteu-se em Eterna Ressurreição.

Não tomes outra diretriz senão a de sempre.

Descer, auxiliando, para subir com a exaltação do Senhor.

Dar tudo para receber com abundância.

Nada pedir para nosso EU exclusivista, a fim de que possamos encontrar o glorioso NÓS da vida imortal.

Ser a concórdia para a separação.

Ser luz para as sombras, fraternidade para a destruição, ternura para o ódio, humildade para o orgulho, bênção para a maldição...

Ama sempre.

É pela graça do amor que o Mestre persiste conosco, mendigos dos milênios, derramando a claridade sublime do perdão celeste onde criamos o inferno do mal e do sofrimento.

Quando o silêncio se fizer mais pesado ao redor de teus passos, aguça os ouvidos e escuta!

A voz Dele ressoará de novo na acústica de tua alma e as grandes palavras, que os séculos não apagaram, voltarão mais nítidas ao círculo de tua esperança, para que as tuas feridas se convertam em rosas e para que o teu cansaço se transubstancie em triunfo.

O rebanho aflito e atormentado clama por refúgio e segurança.

Que será da antiga Jerusalém humana sem o bordão providencial do pastor que espreita os movimentos do céu para a defesa do aprisco ?

É necessário que o lume da cruz se reacenda, que o clarão da verdade fulgure novamente, que os rumos da libertação decisiva sejam traçados.

A inteligência sem amor é o gênio infernal que arrasta os povos de agora às correntes escuras e terrificantes do abismo.

O cérebro sublimado não encontra socorro no coração embrutecido.

A cultura transviada da época em que jornadeamos, relegada à aflição, ameaça todos os serviços da Boa Nova, em seus mais íntimos fundamentos.

Pavorosas ruínas fumegarão, por certo, sobre os palácios faustosos da humana grandeza, carente de humildade, e o vento frio da desilusão soprará, de rijo, sobre os castelos mortos da dominação que, desvairada, se exibe, sem cogitar dos interesses imperecíveis e supremos do espírito.

É imprescindível a acepção. A luz verdadeira procede do mais alto e só aquele que se instala no plano superior, ainda mesmo coberto de chagas e roído de vermes, pode, com razão, aclarar a senda redentora que as gerações enganadas esqueceram.

Refaze as energias exauridas e volta ao lar de nossa comunhão e de nossos pensamentos.

O trabalhador fiel persevera na luta santificante até o fim.

O farol do oceano irado é sempre uma estrela em solidão.

Ilumina a estrada, buscando a lâmpada do Mestre que jamais nos faltou.

Avança... Avancemos...

Cristo em nós, conosco, por nós e em nosso favor, é o Cristianismo que precisamos reviver à frente das tempestades, de cujas trevas nascerá o esplendor do Terceiro Milênio.

Certamente, o apostolado é tudo. A tarefa transcende o quadro de nossa compreensão.

Não exijamos esclarecimentos.

Procuremos servir.

Cabe-nos apenas obedecer até que a glória Dele se entronize para sempre na alma flagelada do mundo.

Segue, pois, o amargurado caminho da paixão pelo bem divino, confiando-te ao suor incessante pela vitória final.

O Evangelho é o nosso Código Eterno.

Jesus é o nosso Mestre Imperecível.

Subamos, em companhia Dele, no trilho duro e áspero.

Agora, é ainda a noite que se rasga em trovões e sombras, amedrontando, vergastando, torturando, destruindo. . . Todavia, Cristo reina e amanhã contemplaremos o celeste despertar”.

sábado, julho 09, 2011

CRISE ESPIRITUAL

Ajuda-te e o céu te ajudará.
(Jesus)



Muitas pessoas confessam que se sentem vazias, distantes do ponto de equilíbrio, com a alma tumultuada. Destas, expressiva parte reconhece está vivendo uma crise espiritual ou uma crise de fé.
As expressões não se equivalem. A crise de fé é uma das manifestações da crise espiritual, que é mais ampla e abrange outros aspectos. Ou seja, a pessoa pode ter muita fé, mas está em profunda crise espiritual.
Crise espiritual pode arrastar pessoas para estados psicoemocionais críticos, deixando-as vulneráveis a drogas, a autodestruição, desmotivadas, depressivas, estressadas e, não raro, vítimas de hostis ataques obsessivos.
Fustigado pelo implacável desconforto que a crise espiritual provoca em nosso Espírito, o ser humano tenta soluções. O maior dos riscos é confundir uma crise espiritual com outras possibilidades, como incapacidade, determinismo biológico ou patologias mentais.
Crises espirituais são comuns. Madre Tereza de Calcutá, Saulo, Pedro, Chico Xavier, todos estes Espíritos de escol, tiveram de enfrentar as tormentas da alma.
Todos já passamos ou passaremos por períodos de espiritualidade oscilante. Simplesmente faz parte de nossos desafios evolutivos, enquanto Espíritos nos primeiros degraus da ascensão evolutiva.
No entanto, crises espirituais também devem ser passageiras.
A dinâmica das crises é movimentada por disfunções, choques, conflitos, desordem, desequilíbrios. Isso não é necessariamente ruim. Hoje sabemos que a ordem surge do caos e que a desordem, o desequilíbrio, os choques são partes importantes da dinâmica de funcionamento evolutivo do universo.
Crises criam excelentes condições de evolução. São ótimas alavancas para saltos evolutivos. Estados de crises liberam energias poderosas que se canalizadas corretamente podem promover rupturas, mudanças positivas, fantásticas.
Então, mexa-se. Transforme sua dor, seu sofrimento, suas dificuldades em energia renovadora. Não se queixe. Aja. É a ação e não a reclamação que move o universo.
Saia dessa letargia, dessa cômoda imobilidade. Não se acostume com seu Espírito inseguro, abatido, confuso, vazio. Reaja. Pessoas espiritualizadas transbordam alegria, serenidade, segurança, energia e motivação. Todos podemos viver neste elevado estado psicoemocional. É uma questão de decisão e ação.
Não espere um dia perfeito para reagir. Aja e crie as condições de perfectibilidade. Uma das maiores descobertas da psicologia moderna foi saber que a ação precede o sentimento. Ou seja, o passarinho não canta porque está feliz. Está feliz porque canta. Age e então sente. Por isso, cante! Mova-se. Não adie. Mereça ser feliz.
Mas lembre-se, se você continuar fazendo o mesmo que faz hoje, continuarás a receber o mesmo que já recebes. Para mudar os efeitos, mude as causas.
Perceba, também, que crises espirituais são indicativas de que o Espírito está sofrendo, está desnutrido. Então cuide de sua saúde espiritual. Alimente-o. Mas faça corretamente. Você trata um doente com veneno? Você abastece o combustível de seu carro com limonada? Você conserta sua geladeira com a peça de um fogão?
Muitas vezes é isso que acontece na tentativa de se recuperar de uma crise espiritual. Dá-se ao Espírito o que não é alimento espiritual. A César o que é de César, ao Espírito o que é do Espírito.
Por fim, não empobreça o estado de espiritualização. Não o diminua a pequenos e isolados fatos. A espiritualização é um processo contínuo. Óbvio que ele não se restringe a ir à missa, a participar de um culto, a tomar um passe ou a ler uma mensagem evangélica. É também tudo isso. Mas não só. Espiritualizar-se é sublimar-se, respirar o divino, contemplar e criar o sagrado. E ele está no silêncio de um entardecer, no barulho do mar, no vôo das andorinhas, na pressa das formigas, no afago à criança, na poesia dedicada à pessoa amada, no abraço fraterno, na partilha caridosa, na humilde tolerância, na palavra incentivadora, no humor estimulante, no sorriso acolhedor, na inspiração criativa.
Então, exercite sua espiritualidade. Erga-se e caminhe.
Passeie pela crise e a deixe para trás.
Experimente o sagrado e torna-te melhor do que já és.


sábado, março 19, 2011

SINAIS


“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.”

Platão




Cresce a percepção de que algo de colossal magnitude está em curso. Não há consenso entre especialistas das várias áreas de conhecimento sobre os detalhes. No entanto, a cada grande tragédia o mundo suspende a respiração e deixa pairar no ar uma sensação de que as coisas não vão bem.

Pessimistas, sensacionalistas e embusteiros garantirão que estamos na ante-sala do apocalipse.

Não é o caso.

Não convém perder o equilíbrio, nem abrir mão da razão.

Por outro prisma e da mesma forma, também não é razoável se deixar cegar pelo otimismo infantil, por promessas fantasiosas e por medo de enfrentar a verdade.

Vivemos um momento de transição.

Vozes respeitáveis de todas as áreas do conhecimento e dos mais diversos matizes espirituais reconhecem que estamos vivenciando um momento histórico, decisivo, transformador.

Os sinais se multiplicam.

Vou citar apenas fatos que foram notícia na última semana. Repito: apenas na última semana. Ártico bate recorde de degelo e com temperaturas médias de até 6 Cº acima da média mundial. ONU reconhece que o misterioso sumiço de abelhas abrange todos os continentes e pode afetar gravemente a produção mundial de alimentos. Mais de 65% dos corais estão muito ameaçados. O Sol começou um dos períodos mais violentos de explosões nucleares dos últimos tempos e pode afetar a comunicação e o fornecimento de energia em todo planeta. Países do oriente médio e norte da África estão convulsionando com revoltas, protestos e guerra civil para renovar o comando político desses povos. Mais um megaterremoto e tsunami destroem várias cidades no Japão e provocam um dos mais graves acidentes nucleares da história.

O que estes fenômenos significam?

Dores do parto, para usar a expressão bíblica.

Uma nova era está se posicionando para nascer.

Estamos presenciando um momento histórico para o planeta: a Grande Transição está em curso, diante de nossos olhos.

Não é preciso ter medo, nem mistificar o assunto.

Contudo, a indiferença e a cegueira têm seu preço.

Não pense que fenômenos de grandes proporções não te alcançarão. O mundo está todo interligado. Não existem mais crises isoladas. Muitas pessoas estão sendo surpreendidas e perdendo bens, entes queridos e o equilíbrio, por subestimarem os sinais.

Convém preparo e, sobretudo, o psíquico, emocional e espiritual. Não só isso. É preciso reconhecer as forças da natureza e não ter tanta certeza de que o pior não vai acontecer logo contigo. Ações simples farão diferença. A primeira delas é não subestimar a Grande Transição.

Confiemos em Deus e fiquemos atentos.

quarta-feira, março 16, 2011

Repaginação do blog

Caros e fiéis leitores,

Este é o sexto ano do blog Visão Espírita.
Em comemoração e, sobretudo, em homenagem aos visitantes, várias mudanças estão em teste.
Espero que gostem e divulguem o blog.
Em breve novas postagens.

Fraternal abraço,

Denis Gleyce

quarta-feira, janeiro 19, 2011

PERDI TUDO!

                        "Não vos inquieteis."                                                   
                                               (Jesus)



                        Nos últimos dias meu coração está compungido pelas catástrofes que se sucedem na região sudeste do Brasil.
                        Na medida em que chegam as imagens e números das últimas tragédias, os rostos dos apresentadores de TV tornam-se um painel de traços de perplexidade, abatimento e inquietação. Cidades inteiras destruídas, caos, autoridades desorientadas, pessoas desesperadas e uma frase que ecoa em todo lugar e cada vez por mais bocas: perdi tudo!
                        Essa poderia ser a descrição de uma cena do apocalipse. Mas não é. É mais um evento que provavelmente vai ser examinado isoladamente pela maioria das pessoas, sem perceber o todo, os grandes movimentos de transformações que estão convergindo.
                        Nos últimos anos tenho dedicado expressiva parte de meu tempo para estudar as tendências desse momento histórico. Elas indicam que eventos como estes não apenas vão se repetir, como devem piorar.
                        Sei que ninguém gosta de receber este tipo de informação. Ela é difícil de dar e incomoda ouvir. Contudo, já passou da hora de otimismos ingênuos. Em se tratando de catástrofes naturais, reservo meu otimismo para um futuro um pouco mais distante. E sei que ele vai chegar. Agora e em médio prazo, precisamos ser realistas e nos prepararmos para as rupturas que acontecerão.
                        A Grande Transição está se intensificando e o pior ainda não chegou. Sim, ainda estamos indo em direção ao olho da tempestade. Não, não será o fim do mundo. Trata-se de uma grande transformação global, a maior pela qual o planeta e a humanidade já passaram e onde a crise ambiental é apenas uma das crises-força. Não quer dizer que daqui em diante enfrentaremos um calvário de tragédias. Não. A felicidade sempre estará presente no íntimo daqueles que sabem viver.
                        Os fenômenos e acontecimentos da Grande Transição já começaram a produzir mudanças psíquicas nas massas. A cada grande tragédia, milhares de indivíduos despertam, libertam sua luz através de atos de solidariedade, de criatividade, de amor, de respeito à natureza, de sintonia com Deus.
                        O sofrimento que vem com A Grande Transição abre caminho para nossa luz interior, acorda-nos e aos poucos liberta de nosso íntimo o que há de melhor.
                        Não foquemos com pessimismo os destroços do velho mundo que está ruindo. Olhe no meio dos escombros e verás exemplos de pessoas que estão ali doando o melhor de si para reconstruirmos um mundo melhor que está a caminho.
                        Enquanto isso, faça sua parte.



Twitter: @DenisGleyce