sexta-feira, agosto 18, 2006

RADAR


Prepare a pipoca, Chico Xavier no cinema.


Agora já é certo, o jornalista, não-espírita, Marcel Souto Maior, autor dos estrondosos livros “As vidas de Chico Xavier, Por Trás do Véu de Isis e As lições de Chico Xavier” fechou contrato com a Globo Filmes, Conspiração Filmes e Columbia Pictures, para contar na telona a vida no maior ícone do Espiritismo no Brasil, o saudoso Chico Xavier.
O trabalho está apenas iniciando e, por isso, ainda não há previsão do longa-metragem chegar aos cinemas.


E haja pipoca

Na mesma toada, chegará em breve aos cinemas um filme referente ao festejado livro “Do outro lado da vida”, que tem por base mensagens psicografadas por Chico Xavier. Contará a história do jovem Paulo Henrique Dantas Bresciani, que desencarnou aos 18 anos, em 1978 e a partir de então mandou sucessivas mensagens aos pais, cuja autenticidade foi motivo de reportagens na Revista Planeta e Isto É. As filmagens começam no segundo semestre deste ano.


IV Mostra Brasileira de Teatro Transcendental


Está acontecendo desde o dia 16 de agosto no Teatro José de Alencar, em Fortaleza (CE). a IV Mostra Brasileira de Teatro Transcendental. Trata-se de evento anual, de grande sucesso, que já entrou no circuito cultural da cidade e do movimento espírita.
O evento tem por fim fomentar a cultura ligada ao tema e despertar a solidariedade, pois incentiva a caridade e temas correlatos, apresenta instituições filantrópicas e – novidade este ano - levará espetáculos à periferia de Fortaleza.
Acaba dia 20 de agosto.
Site:
www.teatrotranscendental.com.br

Mensagem psicografada é utilizada como prova no Tribunal do Juri.


Foi apresentada perante o Tribunal do Juri, no RS, mensagem psicografada da vítima que isentava de culpa a senhora Iara Marques Barcelos, 63 anos, de ser a mandante de um homicídio acontecido no dia 1 de julho de 2003. Por 5 votos a 2 a ré foi absolvida.
Não é a primeira vez. Dentre os casos mais famosos, está o da morte de Maurício Garcez Henrique (1960-1976). O amigo José Divino Gomes, 18 anos, era acusado do crime. Uma mensagem psicografada por Chico Xavier isentava de culpa o réu, afirmando que tinha ocorrido um acidente. O juiz acatou a prova e anos depois, no Programa Linha Direta, veiculado pela Rede Globo, afirmou: “ Tenho convicção de que fiz justiça.”


Pense


“O vegetal abandona a cova escura, embora continue ligado ao solo, buscando a claridade, a fim de produzir. O ramo que sobrevive à tempestade cede à passagem dela, mantendo-se, não obstante, no lugar que lhe é próprio. O rio atinge os seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.”
(André Luiz, por Chico Xavier)

segunda-feira, agosto 14, 2006

Quem tem medo do Espiritismo?



“Existe uma coisa mais poderosa que todos os exércitos:
uma idéia cujo tempo é chegado.”
(Victor Hugo)


As pessoas temem o que não conhecem e o desconhecido tem o dom de criar monstros imaginários. Na adolescência, tornei-me mestre na arte de assustar as pessoas. Certa vez, estava como amigos em uma casa de praia, que tinha fama de “mal assombrada”. Era noite quando faltou água. Ainda faltavam duas pessoas tomar banho para sairmos. Enquanto esperávamos a água voltar, ficamos conversando sobre as supostas histórias da casa. Percebi que um dos amigos estava encolhido, tenso. Após várias rodadas de conversa, discretamente afastei-me do grupo de amigos e de longe avisei: a água chegou. O amigo tenso, não parecia nem um pouco disposto a tomar banho. Após alguma insistência ele subiu para o andar superior e entrou no banheiro sobressaltado e apressado. Todos estavam em baixo, inclusive eu. Só que os demais amigos estavam no andar de baixo, no pátio exatamente. Eu não, estava em baixo da cama, esperando a vítima (quanta inferioridade espiritual, hein!). Saiba que todo aquele que quer meter medo, também está com medo. Eu ali, embaixo da cama, sozinho, estava louco que o amigo saísse do banheiro o mais rápido possível. Após longos minutos a porta rangeu e preparei-me. Ele saiu lépido e – vejam só – sentou-se na cama justamente com os tornozelos bem na direção de minha mão. Agora pare um pouco e pense. Você está em uma casa que tem fama de “mal assombrada”, ouviu várias histórias que supostamente ocorreram ali. Subiu sozinho para tomar banho no andar de cima. Está apavorado, tenso e o silêncio é aterrador. Senta-se na cama, desesperado para acabar de se aprontar e descer. E de repente, do nada, sente seus tornozelos serem agarrados, após ouvir um uivo estranho (Confesso, eu pensava até nos detalhes. Ah, meu carma). Bom, dispensável dizer o final.
Na verdade, aprendi que meu papel nestes episódios era secundário. Apenas me aproveitava do medo que estava lá dentro daquela pessoa para conduzi-la e fazê-la acreditar nos monstros imaginários.
Ainda hoje isso acontece em relação ao Espiritismo, muitos críticos aproveitam o medo que as pessoas tem para criar monstros imaginários, que não existem e tornar a doutrina espírita uma “casa mal assombrada”.
Quando mamãe comentou para vovó que eu tinha me tornado espírita, vovó surpreendeu-se: Credo! Onde esse menino arranjou isso?! Quando anunciei aos meus amigos minha mudança, veio o gracejo: só se for “espírita de porco”. Epa, essa foi forte.
O comentário da vovó reflete uma realidade ainda presente. Muitas pessoas evitam conhecer o Espiritismo porque não querem enfrentar a tradição familiar, muitas vezes consolidada em outras religiões. São prisioneiras da tradição e muitas vezes se declaram fiéis de uma religião e não a praticam, mas não querem enfrentar a reação que há quando a tradição familiar é rompida.
Muitas pessoas têm medo do Espiritismo, mas a maioria tem mesmo muito pouca informação. O que a grande parte das pessoas sabe baseia-se em distorções e, por isso, tudo se confunde com o Espiritismo. Outras tantas se apavoram só de falar sobre espíritos. Na verdade, o Espiritismo é que ajuda-nos a não temê-los. O estudo nos liberta dos monstros criados pela ignorância.
Em verdade, todo medo se alimenta da ignorância.
Algumas pessoas preferem não saber para não pensar a respeito. Estas são as mais vulneráveis às mentiras contadas por aí. Ouvem e crêem sem um juízo racional, sem uma checagem, o que não é um fenômeno raro, pois muitas religiões ensinam a não questionar, a não perguntar, a não ir em busca das respostas – mesmo as mais cruciais à vida -, ensinam a crer sem maiores explicações. Na era da informação, já está ultrapassada a época da fé cega, cujo auge pode ser resumido na antiquada frase de Tertuliano: “credo quia absurdum.” (creio mesmo que absurdo).
Muitas pessoas acreditam – sem averiguarem se é verdade – que o Espiritismo está associado a coisas ruins, ao mal, fraudes, farsas, a superstições, ao diabo. Não está, basta verificar.
É comum que as pessoas confundam o Espiritismo com Macumba, Umbanda e Candomblé. São crenças diferentes. Quem ainda não pegou um panfleto de propaganda onde está escrito: Mãe “ tal tal tal”, advinha, joga cartas, tarô, lê mãos e traz de volta o amor perdido? Sabe onde ela atende? Segundo o panfleto: numa tenda “espírita”. Não estamos aqui julgando ou desrespeitando ninguém – todas as crenças que pregam o bem devem ser respeitadas e têm seu valor -, mas as pessoas têm o direito de saber que essas atividades não tem relação com o Espiritismo. No Espiritismo não se joga carta, tarô ou se lê mão.
Também se confunde Espiritismo com Espiritualismo. Este é o gênero cujo Espiritismo é uma de suas vertentes, mas com ele não se confunde, pois entre os espiritualistas existem milhares de crenças e práticas esotéricas que não são crenças e práticas espíritas.
Primeiro cabe esclarecer que o Espiritismo não é uma religião institucionalizada. No corpo de sua doutrina tem o aspecto religioso, ao lado do aspecto filosófico e científico. Os três aspectos formam o corpo doutrinário do que se conhece por Espiritismo.
Outra dúvida comum é saber se o espírita acredita em Deus? Sim, somos deístas, cremos em Deus e o Espiritismo nos ajuda muito a entendê-lo e a amá-lo. Aliás, a primeira pergunta do Livro dos Espíritos é: Que é Deus?
Noutro quadrante, há quem ache que não somos cristãos e sim kardecistas. Uma coisa não exclui a outra. Basta ler o “Evangelho Segundo o Espiritismo” e se verá que ele todo é baseado nas máximas cristãs. Todo! Jesus é o nosso referencial moral. Para quem não sabe, não há culto a Kardec no Espiritismo. Todos os espíritas respeitam muito Kardec pela missão que lhe coube e foi muitíssimo bem desempenhada, mas ele também tinha e tem Jesus por referencial. Ninguém vai ver uma imagem de Kardec sendo devotada ou as pessoas fazendo promessas à Alan Kardec. Jesus é nosso modelo moral e tudo o que ele ensinou é defendido pelo Espiritismo.
Alguns religiosos de outras crenças usam de um expediente bem conhecido e inadequado. Usam o medo e a ignorância das pessoas para criar uma imagem ruim da crença alheia e assim evitar que seus fiéis, por temor ou terror, deixem seus templos. Infelizmente, ainda vemos isso acontecer hoje.
Vítima de ferozes perseguições, imprecações e vitupérios, Alan Kardec, com seu ímpar equilíbrio respondeu aos detratores do Espiritismo, passagem constante de “Obras Póstumas”, in verbis: “(..) quanto mais procuraram denegri-lo ou ridicularizá-lo, tanto mais despertaram a curiosidade geral e, como todo exame só lhe pode ser proveitoso, o resultado foi que seus opositores se constituíram, sem o quererem, ardorosos propagandistas seus. Se as diatribes nenhum prejuízo lhe acarretaram, é que os que o estudaram em suas legítimas fontes o reconheceram muito diverso do que o tinham figurado. Nas lutas que precisou sustentar, os imparciais lhe testificaram a moderação; ele nunca usou de represálias com os seus adversários, nem respondeu com injúrias às injúrias.”
Ensina o espírito Joanna de Angelis, pela mediunidade de Divaldo Franco: “O teu ofensor merece tua compaixão, nunca o teu revide.”
Em entrevista concedida à Revista Época, edição n. 424, de 3 de julho de 2006, cuja matéria de capa é “O Novo Espiritismo.”, Raul Teixeira, um do maiores conferencistas do Movimento Espírita, explicita: “Somos avessos ao fundamentalismo. Daí ser tão importante o estudo e a leitura. Quem se digladia com outras religiões mostra falta de maturidade na fé. Quando você não crê o suficiente, quer convencer os outros para convencer a si mesmo.”
A questão n. 838, do Livro dos Espíritos, traz a lume o assunto: “Será respeitável toda e qualquer crença, ainda quando notoriamente falsa? Pergunta Kardec aos Espíritos Superiores. A resposta é impecável: “Toda crença é respeitável, quando sincera e conducente à prática do bem. Condenáveis são as crenças que conduzem ao mal.”
No clássico livro “O Consolador”, psicografado por Chico Xavier, o espírito Emmanuel assinala com percuciência: “A verdade é a essência espiritual da vida. Cada homem ou cada grupo de criaturas possui o seu quinhão de verdades relativas, com o qual se alimentam as almas nos vários planos evolutivos.”
O respeitado Edgard Armond, na sua obra “Religiões e Filosofias”, sintetiza bem o processo de revelação das verdades espirituais, pontuando: “É conhecido o fato, como já dissemos no princípio, de cada religião ou filosofia arrogar-se a qualidade de única verdadeira e detentora da Verdade total, tanto no que respeita a Deus e ao Cosmos, como à vida espiritual e à conduta social dos homens. Cada uma, entretanto, dessas doutrinas, dessa Verdade total unicamente recebeu a pequena parcela que sua própria condição evolutiva comportou. A Verdade total é inacessível a espíritos em graus inferiores de evolução e somente entidades de hierarquia elevada, já libertadas da vida física, não mais necessitadas de reencarnação, de resgate ou esclarecimento, são capacitadas para compreender e viver de maneira compatível com a posse de conhecimentos tão transcendentes.”
E conclui: “Por isso é que o espiritismo ensina que a revelação é parcial e progressiva e que ele mesmo, o espiritismo, é uma parte dessa revelação progressiva. (...) A Codificação, pois, representa uma segunda série de revelações que está sendo, a seu turno, superada, em certos detalhes, com a outorga de conhecimentos novos, mormente no que respeita aos planos invisíveis inferiores, e esse processo continuará, com revelações cada vez mais amplas e mais avançadas, sempre na medida do compatível com o grau de evolução da humanidade.”
Ora, quer isso dizer que cada religião tem o seu valor. Deus não depositou em uma, a Verdade Total. Dentre as Grandes Religiões, todas tem sua contribuição para dar. Quantas gerações se beneficiaram dos milenares Budismo, Hinduísmo, Taoísmo, Islamismo? Que bela história a do Judaísmo e do povo Judeu. Quantos santos, mártires e geniais pensadores a Igreja Católica produziu? Quantas pessoas foram e são beneficiadas pelos Evangélicos? Como desconsiderar tantos espíritos luminares e missionários que inauguraram as Grandes Tradições? Acaso não existe apenas um só Deus?
Dalai-Lama – o carismático líder espiritual do Budismo Tibetano - ensina que religião é como remédio, um remédio não serve para todas as doenças. Léon Denis em sua lapidar obra “Depois da Morte” assinala que a despeito das diferenças exteriores, de forma e ritos, existe uma linha mestra que entrecorta as grandes religiões: a devoção à Deus, o auto-melhoramento e o amor ao próximo.
No mundo já tão maltratado por guerras e conflitos religiosos, convém cultivarmos a tolerância e o respeito mútuo. Menos mal quando o desrespeito limita-se a troca de adjetivos descorteses, quando se vê a todo dia diferenças de crenças se resolverem com homens-bomba. Ninguém se arvore a salvador de almas, denegrindo e achincalhando a crença alheia. Aliás, a maioria dos fiéis presta inusitada lição aos líderes religiosos, posto que fora dos templos, transcendem as diferenças e convivem muito bem com pessoas de outras crenças religiosas.
Em entrevista publicada no Reformador de maio de 2006, o festejado pesquisador espírita Jorge Andréa, ensina: “O Espiritismo será o responsável pela queda dos rótulos religiosos. Não agora, mas no preparo para tal, pois os rótulos religiosos desaparecerão e haverá uma única religião no futuro, a da fraternidade.”
Leonardo Boff, respeitado teólogo, certo dia indagou ao Dalai-Lama qual seria a melhor religião? O líder espiritual do Budismo ensinou com ímpar sabedoria: “a melhor religião é a que te faz melhor.” Perfeito.
Nisto que cremos, que a religião é um caminho e não o fim. Ela deve conduzir os espíritos à Deus, ofertando-lhes ferramentas de auto-conhecimento e aperfeiçoamento. Se você encontra isso no Catolicismo, lá é seu lugar. Se o templo Evangélico eleva teu espírito, por que mudar de religião? Se o budismo te sublima os pensamentos e sentimentos, excelente, pratique-o.
Quando partirmos dessa vida, não encontraremos uma fila para católicos, outra para ateus ou outra para espíritas. Encontraremos o que tivermos plantado com nossas ações, seremos mais ou menos felizes conforme o que tivermos feito de nós mesmos, independentemente de nosso escudo religioso.
Até lá espero que as vítimas de meus sustos adolescentes tenham me perdoado. Talvez meus amigos tenham parcial razão, por algum tempo fui apenas um “espírita de porco.”

quarta-feira, agosto 09, 2006

RADAR

Aborto de fetos anencéfalos - Associação Médico Espírita do Brasil apresenta moção de repúdio ao Conselho Federal de Medicina.


A Associação Médico Espírita do Brasil, que congrega mais de mil médicos em todo território nacional, apresentou em junho de 2006 moção de repúdio ao Conselho Federal de Medicina em relação à Resolução CFM 1752/2004, que trata do aborto de fetos anencéfalos. Tramita hoje no Supremo Tribunal Federal – STF ação que visa permitir o aborto de fetos anencéfalos, sem que esta conduta se tipifique como crime, tal como atualmente previsto no Código Penal. Várias organizações sociais – com posições e interesses diversos - pediram para participar do processo e serão ouvidas. O Ministério Público manifestou-se contra o aborto e ressaltou a primazia jurídica do direito à vida. Vejamos alguns considerandos insertos na moção de repúdio da AME-Brasil.


“CONSIDERANDO que os anencéfalos não são natimortos cerebrais, pois são relatados casos na literatura médica de inúmeros portadores de anencefalia que sobrevivem por dias, meses e até mais de 1 ano;
CONSIDERANDO que para os anencéfalos não se aplicam os critérios de morte encefálica, pois neles, a principal estrutura do encéfalo que determina a morte encefálica, ou seja, o tronco encefálico, está preservada;
CONSIDERANDO que nenhum ser humano vivo pode dispor de órgãos e tecidos, essenciais à vida, em favor de outro;
CONSIDERANDO que cremos na biodiversidade como um dos fatores essenciais à evolução e aprimoramento das espécies e que as deformações genéticas têm certamente função nesse processo;
CONSIDERANDO que, do ponto de vista de cientistas e da espiritualidade, a vida é um dom divino, indisponível, estabelecido, inclusive, na Constituição da República Federativa do Brasil;
CONSIDERANDO que a ética médica prescreve ao médico o compromisso com a vida e a proteção do paciente, como individualidade, em qualquer situação, não negociando nem negligenciando este compromisso, ainda que em nome do beneficiamento de outros.”


V Congresso Internacional de Terapia de Vida Passada

Nos dias 10 e 11 de agosto na Assembléia Legislativa de São Paulo acontecerá o V Congresso Internacional de Terapia de Vida Passada. O evento está sendo organizado pela Sociedade Brasileira de Terapia de Vida Passada (SBTVP) e terá como temática: Terapia de Vida Passada e o Novo Milênio.
o Saiba mais:
http://www.amebrasil.org.br/html/www.sbtvp.com.br


Entra no ar a
Tvcei.com, a primeira WebTV Espírita do mundo

Desde o dia 1 de agosto de 2006 está no ar a Tvcei. A emissora ainda está em fase de teste, mas já é pioneira: inaugura a mais nova mídia na divulgação do Espiritismo. Para acessar, basta acessar o endereço http://www.tvcei.com/ , onde está disponível a programação diária, que é composta por palestras e por diversos programas espíritas produzidos por instituições e pessoas físicas de todo o Brasil. O canal 2 é ao vivo.
A WebTV é uma televisão interativa pela Internet. A Tvcei é uma iniciativa do Conselho Espírita Internacional – instituição resultante da união, em âmbito mundial, das Associações Representativas dos Movimentos Espíritas Nacionais, de mais de 30 paises. Atualmente, a sede do CEI é em Brasília, Brasil, e o secretário-geral é o presidente da Federação Espírita Brasileira, Nestor Masotti.

segunda-feira, agosto 07, 2006

VONTADE

“Se as coisas são intangíveis...ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!”
(Mário Quintana, poeta)



Há um ditado, muito usado em grupos de recuperação, que ensina: “Senhor dai-me resignação para aceitar o que não pode ser mudado, dai-me força para mudar o que pode ser modificado e, principalmente, sabedoria para diferenciar uma coisa da outra.”
O Espiritismo ajuda que desenvolvamos uma resignação racional para muitos fatos. Mas, ao contrário do que muitos pensam, não incentiva o comodismo. Ao revés, estuda as potências do espírito humano e facilita o desenvolvimento delas.
Ensina Léon Denis, na lapidar obra “Depois da Morte”: “Um louco pode procurar lutar contra a ordem imutável das coisas, mas o espírito sensato acha na provação os meios de retemperar, de fortificar as suas qualidades viris. A alma intrépida aceita os males do destino, mas, pelo pensamento, eleva-se acima deles e daí faz um degrau para atingir a virtude.”
Outro dia conversaremos sobre a resignação, tema que merece artigo completo. Hoje conversaremos sobre a vontade.
Ainda segundo o mestre francês, op. cit, “a vontade é o fundo sólido da alma.”
Basta estudarmos as façanhas da humanidade e logo identificaremos que as personalidades que revolucionaram suas épocas sempre se destacaram pela vontade granítica com que se entregavam a seus ideais e sonhos.
Muitas pessoas recuam diante das primeiras dificuldades. Adiam planos, fogem de mudanças, sobrepõem justificativas e sentadas à beira do caminho olham o tempo escoar, enquanto escolhem desculpas e culpados pelo infortúnio de suas opções. Às vezes, é verdade, o tamanho do desafio nos chama atenção. Alan Kardec nos primeiros contatos que teve com o espírito de Verdade, que o orientou durante a codificação espírita, perguntou: “Pela natureza da minha inteligência, terei aptidão para penetrar, tanto quanto ao homem for permitido fazê-lo, as grandes verdades acerca do nosso destino futuro? A resposta é firme: Sim, tens a aptidão necessária, mas o resultado dependerá da tua perseverança no trabalho.”
Victor Frankl, psiquiatra judeu sobrevivente de um campo de concentração, criou a logoterapia após a vivência aos maus tratos nazistas. Enquanto esteve preso, resolveu libertar-se de seus algozes. Apenas com sua força de vontade, alheou-se do sofrimento e não permitiu que lhe controlassem a mente. _Eles podem controlar o local, o que como, o ambiente e até meu corpo, mas não minha autoconsciência e vontade. Surgia a proatividade como hoje a conhecemos. Ser próativo é mais do que ter iniciativa. É não focar o problema, pois não é ele o que realmente importa e sim nossa atitude diante dele. Segundo ensinam os especialistas, existem as pessoas reativas e as próativas. As reativas apenas reagem a estímulos externos. Caso o tempo esteja bom, o carro funcionando, a esposa carinhosa e a saúde excelente, tudo anda, tudo segue seu curso. Mas se o dia é chuvoso, se o carro apresentou defeito ou se a esposa não acordou bem, já é o suficiente para nada mais prestar e a insatisfação tomar-lhe por completo. Tudo fica parado. As pessoas próativas trabalham com valores e não com fatores externos. Não é um imprevisto, um transtorno, uma contrariedade que a impedirá de produzir, de ajudar, de se melhorar. Ela interage com as circunstâncias externas e não é arrastado por elas, como acontece com as reativas.
Todas as pessoas passam fases difíceis na vida. Todas. Algumas interagem com as crises, abertas para aprender. Captam as mensagens implícitas, refletem, mudam pontos de entrave e seguem em frente mais fortalecidas. Outras cambaleiam de crise em crise, sem conseguir marchar rumo a seus ideais e sonhos, principalmente por estarem fechadas a captar as mensagens, de aprender com erros e, não raro, sucumbem pela débil vontade de ir à luta.
Não se consegue mudanças sem lutas e sem mudar.
Mudar não é perder a própria identidade. É livrar-se do lixo, dos pesos desnecessários, das inutilidades, dos perigosos apegos e excessos injustificáveis, do que te traz confusão, do que te arrasta ao caos, do que te faz adoecer e te deixa infeliz. Isso não compõe a identidade de ninguém. Pois não fomos criados para perdermos, para sermos menos, para habitarmos o fundo do poço. Viemos da Luz e ela é nosso destino.
Todos temos de atravessarmos tempestades, mas ninguém monta acampamento no caminho dos furacões.
É preciso, antes de tudo, não confundirmos efeito com causa.
Não se prenda, portanto, aos problemas. Retrocedas e encontres lá atrás as causas distantes. Se procurares direito, quase sempre encontrarás a ti mesmo.
Também não espere se sentir bem para agir. Muitas pessoas esperam a segunda-feira, o ano novo, o aumento de salário, o momento propício, esperam se sentirem bem para só então agirem.
Como bem diz o neurolingüista Lair Ribeiro: o passarinho não canta porque está feliz. Ele está feliz porque canta. A ação deve anteceder o sentimento. Movimente o universo e os efeitos virão.
Aproveite cada crise, pois, segundo a tradição chinesa, crise é oportunidade de crescimento.
Mas para que essas mudanças avancem é preciso conhecer a vontade como potência do espírito. Fénelon assinala: “Nada temos de nosso que a nossa vontade; tudo mais não é nosso. A doença leva a saúde e a vida; as riquezas nos são arrancadas pela violência; os talentos do espírito dependem da disposição do corpo. A única coisa que é verdadeiramente nossa é a vontade.” E Epiteto complementa com exatidão: “Não existem ladrões de vontade.”
Portanto, cumpre a cada um tomar as rédeas de seu destino e construí-lo, enfrentando com desassombro as vicissitudes e desafios da vida, sem transferências de responsabilidades. Nem tudo que desejamos poderemos alcançar e mudar. Muitas vezes a resignação é sábia, quiçá vital. Mas há muito que depende de nossas forças e do auxílio divino. Este nunca falha quando nos apresentamos humildes e merecedores do amparo. Jesus indicou o caminho (S. Mateus, 7:7 a 8): “Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.”
Esta passagem está devidamente elucidada no Capítulo XXV, item 5, do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.”
Agora é com você.

sexta-feira, agosto 04, 2006

RADAR

Espiritismo e Ciência: A revista Isto É, n. 1918, de 26 de junho de 2006 traz como reportagem de capa “Falando com o Além”. Noticia vários campos de pesquisas científicas que vêm confirmando os ensinamentos espíritas e narra histórias emocionantes de contatos de pais com seus filhos já desencarnados, entre outras coisas.

Revolução em curso: Na mesma reportagem é noticiado o primeiro caso de transcomunicação instrumental atestado cientificamente por um Laboratório Internacional, o Interdisciplinar de Biopsicocibernética, que fica na Itália. Ou seja, a voz espiritual gravada por meio eletrônico, por Sonia Rinaldi, realmente é a mesma da pessoa, gravada em secretária eletrônica antes de morrer. Vale conferir na reportagem os detalhes.

Tragédia: No dia 30 de julho o mundo ficou chocado com um bombardeio promovido pela Força Aérea de Israel sobre a cidade de Qana. Para os libaneses, foi nesta cidade que aconteceu as “Bodas de Canaã.”, episódio bíblico onde Jesus fez seu primeiro milagre. Pesquisas arqueológicas, entretanto, se inclinam a acatar a tese de Israel, que a cidade sagrada fica em uma cidade homônima na Galiléia, perto de Nazaré. Morreram cerca de 57 civis, dentre os quais 37 crianças. Após condenação internacional, Israel suspendeu os ataques por 48 horas, para investigar o bombardeio.

Pense: “Onde existe amor, abre-se o caminho para Deus.”
(Emmanuel, por Chico Xavier – 1910/2002)