segunda-feira, maio 11, 2020

A GRANDE TRANSIÇÃO DA TERRA (PARTE 3): O RISCO DO SECTARISMO


Ainda no tocante ao estudo do tema A Grande Transição da Terra, é imprescindível afastarmos o risco do sectarismo.
Etimologicamente, o vocábulo sectarismo vem do latim sectariu e significa o apego ao ponto de vista de seu grupo e a intolerância com as abordagens de outros grupos.
Em se tratando do tema ora em estudo, é importante reconhecer que ele não é exclusivo do Espiritismo. 
Por isso, inicio o meu livro dedicando todo capítulo 1 para consignar um apanhado geral de várias tradições espirituais que trazem importantes registros sobre o ciclo transicional pela qual passamos.
Nesse capítulo, o leitor encontrará citações do Tao de Ching, do I Ching, da Teosofia, do Budismo, de estudiosos do espiritualismo, de tradições ancestrais indígenas, do yoga, protestantismo, da ufologia e etc. 
Todas essas tradições, em alguma medida e de sua forma peculiar, tratam da Grande Transição da Terra e isso confirma a máxima de Kardec que diz que uma verdade é sempre confirmada nas várias latitudes do planeta.
Por isso, temos de ter o cuidado de não confundir abordagem exclusiva com abordagem excludente.
Explico.
Cada uma dessas tradições traz uma abordagem exclusiva, pois apresenta o fenômeno da Grande Transição a partir de sua ótica própria, peculiar, de acordo com seus dogmas, crenças e doutrina.
O Espiritismo também tem uma abordagem exclusiva e teremos oportunidade de falar nela.
Isso não se confunde com abordagem excludente. Esta é uma postura sectarista e arrogante que se pretende dona exclusiva e absoluta da verdade e é intolerante com as abordagens de outra tradições e, inclusive, de diversas áreas do conhecimento humano.
Neste sentido, qualquer estudioso sério do assunto deve, primeiro, ter humildade para estar aberto para estudar o que outras tradições têm para ensinar e tomar esses ensinamentos como complementos da nossa abordagem, agregando-os, com o cuidado de não desfigurar a essência do que entendemos.
Por tudo isso, devemos combater o sectarismo e cultivarmos uma das premissas essenciais de qualquer intelectual sério, que é a humildade e a abertura cognitiva para estudar tudo e fazer um juízo crítico, mas respeitoso sobre cada abordagem.

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